Reumato Clínica

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Fibromialgia
A fibromialgia é uma síndrome dolorosa difusa e crônica, não inflamatória. O sintoma principal da fibromialgia é a dor generalizada, envolvendo regiões axiais e periféricas do corpo. O caráter da dor é bastante variável, podendo ser em queimação, pontada, peso. É comum a referência de agravamento pelo frio, umidade, mudança climática, tensão emocional ou por esforço físico. A dor pode estar associada com a sensação subjetiva de edema.


O achado clinico característico na fibromialgia é a presença de sensibilidade dolorosa em determinados locais anatômicos em partes moles, denominados de pontos dolorosos. O exame físico e a investigação não revelam evidências de inflamação ou degeneração articular, óssea ou de tecidos moles.


O cansaço é uma queixa comum, envolvendo quase 81% dos pacientes. Muitos pacientes com fibromialgia descrevem problemas de memória, concentração e motivação. Cerca de 90% dos pacientes apresentam manifestações satélites da doença: síndrome da fadiga crônica, síndrome do cólon irritável, sintomas urinários, dor pélvica crônica, cefaléia, dor miofascial, distúrbios de humor (depressão, ansiedade, transtorno de panico e obscessivo-compulsivo). A depressão e as demais alterações do humor provocam a exacerbação dos sintomas e prejudicam as estratégias de enfrentamento do paciente diante da doença. A fibromialgia pode ocorrer isolada ou estar associada a outras doenças. 

As evidências apontam que na fibromialgia existe uma alteração no processamento do estímulo nociceptivo (percepção da sensação dolorosa). A amplificação dos estímulos nociceptivos se dá na medula e no encéfalo, especialmente nas áreas do circuito de dor e sistema límbico. Os pacientes com fibromialgia ativam muito mais os sítios cerebrais relacionados ao desprazer e sofrimento causados pela dor. A sensibilização periférica manifesta-se com uma resposta aumentada a estímulos dolorosos, um quadro espontâneo de redução do limiar doloroso, aumento da dor após estímulo (dor persistente) e um aumento da área da dor. 

Fonte: Heymann RE et al. Dores musculoesqueléticas localizadas e difusas. Editora Planmark, 2010. 






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