Reumato Clínica

terça-feira, 9 de outubro de 2012

1. O que é a espondilite anquilosante?

A espondilite anquilosante caracteriza-se pela inflamação das articulações da coluna e das grandes articulações, como quadris, ombros e outras regiões.

2. O que causa a espondilite anquilosante?

A causa é desconhecida. Os especialistas sabem que a doença é  mais frequente em pessoas que  possuem
esse marcador genético, denominado HLA-B27. Cerca de 90% dos pacientes brancos com espondilite anquilosante são HLA-B27 positivos. A teoria mais aceita é a de que a doença possa ser desencadeada por uma infecção intestinal naquelas pessoas geneticamente predispostas a desenvolvê- las, ou seja, portadoras do HLA-B27.

3. Quais são os sintomas da espondilite anquilosante?

Dores na coluna que surgem de modo lento ou insidioso durante algumas semanas, associadas à rigidez matinal da coluna, que diminui de intensidade durante o dia. A dor persiste por mais de três meses, melhora com exercício e piora com repouso. No início, a espondilite anquilosante costuma causar dor nas nádegas, possivelmente se espalhando pela parte de trás das coxas e pela parte inferior da coluna. Um lado é geralmente mais doloroso do que o outro. Essa dor tem origem nas articulações sacroilíacas (entre o sacro e a pélvis).

4. Quais são os órgãos e tecidos afetados pela doença?

Articulações da coluna vertebral: inflamação
das articulações da coluna que causa dores e
rigidez matinal.
Outras articulações: inflamação das articulações
dos quadris, ombros, joelhos e tornozelos
são as partes afetadas com maior frequência.
Olhos: uveíte ou irite. Os pacientes apresentam olhos avermelhados
e doloridos.
Pele: psoríase, uma condição inflamatória comum
da pele, caracterizada por episódios frequentes
de vermelhidão, coceira e presença de escamas
prateadas, secas e espessas, pode estar associada à
espondilite anquilosante em alguns pacientes.
Intestino: a colite, ou inflamação do intestino,
pode estar associada à espondilite anquilosante
em alguns pacientes.

5. Como diagnosticar a espondilite anquilosante?

O diagnóstico da doença é baseado no conjunto de sintomas (dor nas nádegas e dor nas costas) e nos exames de imagem (raios-x, tomografia computadorizada ou ressonância magnética) da bacia, da coluna e das juntas afetadas. O médico faz um histórico e examina as costas e outras partes do corpo, procurando
pelas evidências da espondilite anquilosante.As alterações características estão nas juntas sacroilíacas, mas podem levar alguns anos para desenvolver-se, podendo não ser notadas na primeira consulta. O médico, provavelmente, o avaliará com relação à anemia e aos testes da velocidade de sedimentação das hemácias (VHS) e proteína C Reativa (PCR), que informam quão ativa a doença está.

6. Como a doença pode progredir?

A espondilite anquilosante toma diferentes rumos. Algumas pessoas podem ter apenas uma série de leves dores e desconfortos, durante vários meses. Nesse estágio, a doença pode tanto desaparecer, como pode
prosseguir. Com o passar do tempo, após a fase ativa em que as juntas estão inflamadas, a doença torna-se bem menos ativa ou mesmo totalmente inativa. Os sintomas podem surgir e desaparecer durante longos períodos. Os ossos das vértebras da coluna crescem, formando pontes entre as vértebras, às vezes envolvendo completamente as juntas, impedindo
assim que ela se mova, causando a rigidez denominada anquilose. A coluna lombar geralmente se torna rígida, bem como a região posterior superior do pescoço.


7. Como é o tratamento da espondilite anquilosante?

Não há cura para a espondilite anquilosante e, embora a doença tenda a ser menos ativa conforme a idade avança, o paciente deve estar consciente de que o tratamento deve durar para sempre. O tratamento objetiva o alívio dos sintomas e a melhora da mobilidade da coluna onde estiver diminuída, permitindo ao paciente ter uma vida social e profissional normal. O tratamento engloba uso de medicamentos, fisioterapia, correção postural e exercícios, que devem ser adaptados a cada paciente.

Fonte: Cartilha Espondilite Anquilosante da Sociedade Brasileira de Reumatologia, Comissão de Espondiloartrites 2012.

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